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Parabéns, Paraibuna, pelos seus 350 anos

postado em 24 de junho de 2016


A história de Paraibuna iniciou-se em 13 de junho de 1666, quando um grupo de homens, vindos de Taubaté, seguiam pelo Rio Paraíba e resolveram parar próximos à junção dos Rios Paraibuna e Paraitinga para descansar.  

Ali ergueram uma capela em honra ao santo do dia, Santo Antônio, em ação de graças pela boa viagem que fizeram. Alguns homens se fixaram, dando início a uma povoação.

A fama do local correu, atraindo mais pessoas, e tornou-se um ponto estratégico para o pouso de tropeiros e viajantes que iam para o litoral.

Em 07 de dezembro de 1812, Paraibuna foi elevada à categoria de Distrito de Paz, em 10 de julho de 1832 à Vila de Santo Antônio de Paraibuna e em 30 de abril de 1857 à cidade.

No princípio, sua economia estava voltada para a agricultura de subsistência, mas esta situação começou a mudar com o surgimento de alguns engenhos de cana-de-açúcar e com a introdução da lavoura cafeeira.

Paraibuna viveu o seu auge neste período. Sob forte influência do ciclo do café, entre 1830 e 1870, o município se desenvolveu. A área rural se expandiu; diversas e grandes fazendas foram construídas, assim como casarões no centro da cidade, que chamam a atenção pela beleza e tamanho. Em 1835, Paraibuna já registrava cerca de 34 fazendas cafeeiras e 87 sítios de culturas diversas.

Com o declínio do café, diversas fazendas passaram por dificuldades. Foi então que o cultivo do algodão foi introduzido como uma alternativa de renda.

Paraibuna viveu um período de crise, declínio financeiro e pouca evolução entre 1890 e 1920.

A situação começou a mudar com a implantação do Porto de São Sebastião e a construção da estrada ligando São José dos Campos ao Litoral Norte, passando por Paraibuna. Seria a futura Rodovia dos Tamoios (ver http://concessionariatamoios.com.br/a-rodovia/historia ).

A economia voltou-se para a pecuária leiteira por causa das diversas famílias mineiras que se mudaram para o município. A produção de leite se tornou forte, chegando aos 50 mil litros por dia por volta de 1960.

A construção da represa de Paraibuna e Paraitinga, neste mesmo ano, traria grandes mudanças para o município. Boa parte das terras baixas, as várzeas, foram alagadas, prejudicando de maneira significativa a produção de diversos produtos, inclusive o leite.

Durante a construção, muitos trabalharam na obra que, no seu auge, empregou cerca de 5 mil pessoas. Porém, sem perspectivas, uma parcela considerável da população rural deixou o campo em busca de trabalho e melhores condições de vida.

O êxodo rural se comprova pelo número de habitantes na zona rural, que em 1950 era de 15.112 e cai em 1960 para 13.031.

Na década seguinte, as obras da represa foram concluídas e geraram um problema maior ainda, pois o que fariam os milhares de homens que perderam seus empregos com o fim da construção? Muitos retornaram ao campo e buscaram uma alternativa na agricultura. A lavoura de feijão foi a principal, tornando Paraibuna, em 1980, a maior produtora no Vale do Paraíba. O tomate e o milho também foram outras opções de investimento. Na pecuária, os produtores preferiram apostar no gado de corte, que necessita de menos mão-de-obra e aplicação financeira.

Houve um aumento da prestação de serviços. O ramo imobiliário teve um grande crescimento, como afirma Celenrozi Santos, em sua dissertação: “os produtores que não se adaptaram aos novos usos do solo viram no setor imobiliário uma nova forma de recursos, muitos dividiram suas propriedades em chácaras que foram vendidas a outros que viam no ambiente tranquilo do município uma forma de obter o sossego que não encontram nos grandes centros urbanos”.

As atividades turísticas ganharam impulso e passaram a ser a grande aposta de desenvolvimento, cenário este que pouco mudou até hoje. A economia atual baseia-se na agropecuária, no beneficiamento de seus produtos, no artesanato e no turismo.